E quando a noite cai em São Paulo, cada um se ajeita como pode e como quer …
Meu hotel dessa vez precisava ser na região da Paulista, pois a expo era em Bela Vista, e eu estava corrida em 1 noite só. Fiquei no BLUE TREE PAULISTA e gostei demais. Um 4* super correto, melhor que o MAKSOUD PLAZA na mesma região. E para sair por perto , fui conhecer a última casa do Alex Atala que faltava para mim: o RIVIERA . Pensei em ir a pé do hotel ( 8 quadras ), mas desisti por medo mesmo… sei lá … Brasil, infelizmente …
um toque de laranja nas jóias e no batom da MAC VEGAS VOLT AA1
brinco besouro em rodocrossita e brilhantes negros
anel em âmbar e esmeraldas — 10 x 200,00 = 2000,00
Era uma vez um concorrido bar instalado na loja térrea do Edifício Anchieta, na esquina da Rua da Consolação com a Avenida Paulista. Bons tempos, aqueles. Entre 1968 e o fim da década de 70, o Riviera viveu seu auge, justamente em um período difícil do regime militar brasileiro. Muito por causa de constantes discussões, o bar teve seu nome vinculado a ser ponto de encontro da militância contra a ditadura, de reduto da inteligência paulistana, de cenário de boêmios-intelectuais. Que nada! O Riviera foi o endereço de uma diária e espontânea festa – e que festa! Em uma época de liberdade reprimida, os jovens que tinham em comum uma crescente bagagem cultural e a aversão ao sistema político encontravam naquele fervilhante ambiente, em frente ao Cine Belas Artes, um lugar para relaxar, beber todas, paquerar e ter, enfim, 20 e poucos anos. No apertado salão, marcado pela longa escada curva à la Hollywood e pela parede de tijolos de vidro, garçons circulavam com suas bandejas esgueirando-se entre as mesas lotadas, atravessando a costumeira e sempre nítida nuvem de cigarro. Inaugurado em 1949 em um estratégico ponto de passagem da cidade, havia sido o responsável, de fato, pela saída da aglomeração noturna do Centro em direção à Paulista. Elevou um item do cardápio ao posto de clássico: o sanduíche royal – um pão de forma recheado com rosbife e queijo, embebido em ovo, frito em óleo quente e amado ou odiado pelos clientes. Em setembro de 2013, no mês em que se completaram 64 anos de sua fundação, o Riviera reabriu e retomou seu lugar na vida noturna de São Paulo. Seu nome piscante na fachada ( coisa super kitch! ) continua lá. ( Como se fosse MIAMI – como não associar?? )
A longa escada hollywoodiana e a parede de tijolos de vidro, também: super 50`s !
O restante está bem mudado, mas o estilo art-decô do prédio foi mantido lindamente: o estreito balcão de fórmica ganhou o salão na forma de uma grande bancada coletiva e o antes micromezanino mais que dobrou de tamanho para receber shows noturnos. Essa bem-vinda reforma, liderada pelo chef de cozinha Alex Atala, deu origem a um Riviera recauchutado e prontíssimo para outra. De roupagem nova, com novos personagens, a festa volta a acontecer no cruzamento da Consolação com a Paulista.
Peça mesa na janela para ver a cena meio underground da Paulista acontecer : muros pixados, skatistas e ciclistas da noite, gente que rala voltando da faculdade … esse mix de metrópole que é pura vida!
Cardápio Riviera
Para o bar e o restaurante, o chef Alex Atala criou um cardápio que preserva os lanches e pratos que eram servidos no antigo Riviera – coisa anos 50 – espere encontrar aqui pratos que não vê mais por aí – mas optando por fazer uma releitura moderna, com ingredientes sofisticados, novas técnicas e a preço acessível. Para isso, convocou o chef Luciano Nardelli, do restaurante D.O.M, que passa a assumir a cozinha do Riviera.
O clássico sanduíche Royal, feito com queijo, rosbife, tomate e pepino, do antigo Riviera agora divide espaço com outros. No cardápio da noite, chamam a atenção as entradas: Steak Tartare , Ostras frescas e bolinhos de arroz!!! Yesss… eu pediiii !!!
E pra jantar,o clássico strogonoff! Mais 50’s impossivel ! Lugar antigo, comida antiga! rsrs
Os clássicos drinks e coquetéis do bar também ganharam novos ares nas mãos do barman Jean Ponce, do D.O.M e Dalva e Dito, que criou uma carta de bebidas baseada em uma coquetelaria de primeiro mundo para drinks tradicionais, como o Bombeirinho, a Maria Mole e a Meia de Seda. Além de coquetéis clássicos dos anos 50 (Dry Martini, Manhattan, Negroni e Cosmopolitan), Jean desenvolveu drinques peculiaridades que remetem tanto ao bar quanto à cidade de São Paulo: Terra da Garoa – dica da VOGUE foi minha pedida-(cachaça envelhecida, mel de laranjeiras, gengibre, hortelã, capin santo, vinagre de cana de açúcar e limão taiti)
Fica a dica então, de um lugar alternativo na noite de São Paulo : esqueça a coisa burguesa de sempre , e abra o coração para um lugar parado no tempo, imerso em um local meio “ boca do lixo “. Eu adoro essas experiências, e admiro demais um lugar art-decô! Ah! E já tô doida pra ir no MALETTA, aqui em BH! Fico fazendo essas graças mundo afora, e estou até hoje sem conhecer esse marco da minha cidade? Quem quer ir??
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