Muitas coisas importantes acontecendo em São Paulo ao mesmo tempo , nessa cidade que tem um mundo dentro dela! E eu adoro muito tudo isso! Acaba de ser inaugurada a Bienal com o tema INCERTEZA VIVA , que discute um mundo que vive desafios não apenas econômicos, como também sociais, políticos e ambientais. Aliás, a montagem da exposição é inspirada em um jardim com plantas ao longo do percurso.
ALGUNS DESTAQUES
São 81 artistas de 33 países, entretanto, a obra abaixo de grande destaque é da mineira LAÍS MYRRHA . Conforme o nome diz, em DOIS PESOS, DUAS MEDIDAS, ela constrói 2 torres de mesmas dimensões, compostas de materiais empilhados. De um lado, materiais empregados nas construções indígenas ( cipó, madeira, palha ) , ao passo que do outro, aqueles usados nas típicas casas brasileiras ( tijolo, cimento, ferro, canos, vidro ). Acima de tudo, são 2 projetos distintos de construção e de vida, e ambos já anunciam sua forma de ruína.
AFINAL, QUAL A TEMÁTICA DESSA BIENAL?
Antes de mais nada , instigar, esse é o grande papel da Bienal. A saber, vi uma veia bem ecológica, no sentido da preservação.
Obras interativas como essa, fazem sentir o espaço e ao mesmo tempo nos fazem pensar sobre o impacto da destruição, como nessa floresta de raízes de KRAJCBERG .
Aliás, como eu já disse , Bienal é para isso mesmo: fazer pensar e produzir uma realidade alternativa.
O QUE MAIS ESTÁ ACONTECENDO EM SÃO PAULO ?
Assim também, logo ao lado, no mesmo Ibirapuera, no MAM, está em cartaz uma exposição linda – O ÚTERO DO MUNDO –
Com toda a certeza , a linda curadoria com obras do próprio acervo do museu, nos mostra o corpo como lugar de expressão de impulsos desvairados. Assim como os surrealistas entendiam a histeria como forma de expressão artística fazendo um elogio à loucura , daí eles mostrarem o grito, partes do corpo, e o útero feminino como causador dessa ” histeria” tão desejada nas artes. Assim também, para nos emocionar ainda mais , os textos lindos de Clarice Lispector em meio^às obras de 120 artistas dentre os mais famosos do Brasil.
OUTRA EXPOSIÇÃO EM SÃO PAULO
Com toda a certeza, a Coleção José Olympio, no Instituto Tomie Otahke é um recorte incrível da arte contemporânea e flashes dos maiores modernistas brasileiros.
AINDA EM SÃO PAULO – NO MUBE
Da mesma forma, fui ainda conhecer ainda O MUBE (Museu Brasileiro de Escultura ), e achei MARAVILHOSO, a começar do prédio de linhas retas do Paulo Mendes da Rocha e dos jardins de Burle Marx.
Aliás, o espaço está todo muitíssimo bem cuidado e fica em ótima localização – Jardim Europa. As exposições são sempre gratuitas, de tal forma que a linda TRANSPARÊNCIA E REFLEXO é um presente aos olhos.
EM SÃO PAULO – NO MUSEU DA CASA BRASILEIRA
Em seguida, já dali mesmo, bem pertinho, segui direto para o Museu da Casa Brasileira para a esposição do Hugo França que adoro!
O designer brasileiro aproveita resíduos florestais para produzir esculturas mobiliárias, cada uma mais linda que a outra. Já falei daqueles bancos de Inhotim, lembra? Clique AQUI . Em BH, algumas peças dele apresentadas em SP na Design Weekend podem ser vistas no Espaço 670 – Rua do Ouro, 670 – Serra – até 30/9
SHOPPING IGUATEMI AO LADO DO MUSEU
O Museu Casa Brasileira fica em frente ao Iguatemi Shopping. Fui dar uma passadinha ; ninguém é de ferro… rsrs
Ando encantadíssima com a Gucci ( aliás,, eu e o mundo todo ! ) depois que Alessandro Michele assumiu. Em suma, ele está provocando uma febre de amor, nostalgia, vintage, nerd com a imagem que está construindo na marca. Desse modo, o que mais se vê são laços, bordados e babados, frutas, flores e bichinhos. Too much? Sim, na passarela é. Mas olhe o tanto que pode ser lindo um laço preto comum e uma rosa em um vestido de tule preto. Eu queroooo! Atenção também às mais lindas jaquetas decoradas. Foi ele que começou com isso e virou febre.
Oh meu Deus ! Pra que minhas bichinhas cresceram??? Buáaa
Se esses não cabem mais, vamos falar de sapato de gente grande. No Iguatemi e no Cidade Jardim, apenas nesses 2 endereços em SP, podem ser encontrados os sapatos de Alexandre Birman, herdeiro da Arezzo/ Schutz que ainda se lançou como designer de luxo em carreira solo que está crescendo fora do país.
Esta é a sandália Clarita que o projetou fora do Brasil. É produzida com salto fino 10 e 6 ( prefiro! ) , tem também o salto grosso 6 e a rasteira. São inúmeras cores e tipos de couro. Já calcei nesses findis – é confortabilíssima! Em BH, quem vende alguns modelos é a multimarcas Zezé Duarte.
AGORA UM MERCADO EM SÃO PAULO A VISITAR
Eclética que sou, e aproveitando que dessa vez em SP eu estava rodando tudo isso sozinha, fui de manhã conhecer o Mercado de Pinheiros e aproveitei para tomar café da manhã lá. Onde? No Mocotó, claro. Eu já conhecia ( e é super famoso! ) o da zona norte de SP, já mostrei AQUI . Acho interessante esse viés nordestino da cozinha deles, aliás, SP é lotaaado de nordestinos, não é mesmo? Foi exatamente com essa “cara nordestina” que esse mercado foi reaberto , e sob coordenação de Alex Atala está chamando a atenção do paulistano. Veja mais AQUI . O Mocotó do mercado está um charme!
Come-se no balcão ou fora. Dizem que bomba no Happy Hour!
Pedi para o chef uma sugestão nordestina meeesmo, claro! Pois eu já estava lá! Ele me indicou o cuscuz com ovo mole, carne seca e nata com café Yaguara!
É muito? Sim! É forte ? Sim! Só que eu queria experimentar uma coisa diferente. E é realmente uma delícia!
E com esse ” precitcho ” … a gente experimenta , e … deixa o que não cabe ! rsrs
Além do café da manhã, servem petiscos e almoço. E ainda vendem coisas do empório!
MAIS DO MERCADO
Empório, aliás, é o que não falta no mercado! Esse vende 14 tipos de feijões!
Essa é a filosofia de Alex Atala para o mercado e é isso que ele anda fazendo por lá!
Dali, fui para a Praça Benedito Calixto, outro lugar que sempre fui doida para conhecer.
É uma pracinha de bairro mesmo, tranquila em dias de semana. Aos sábados funciona ali a famosa feira de antiguidades e artesanato de 9 ás 19 hs, e a partir das 14:30 hs, tem música e comidas típicas. Não foi isso que eu vi, pois era 5a. feira, mas aproveitei para conhecer a feirinha COMO ASSIM com produtos feitos por estudantes de moda e design , focando na arte, sustentabilidade, gastronomia, solidariedade e cultura em todas as suas vertentes. E foi isso mesmo que encontrei lá: lojinhas arrumadinhas, cheias de identidade e personalidade. Me lembrou Montmartre em Paris. E me deu vontade que a Lagoinha ( aqui em BH ) virasse uma coisa assim. Veja as fotos da galeria abaixo. Clicando em cima, elas abrem maiores.
Dali, ainda segui para a exposição linda e emociante do acervo de Celma Albuquerque na Galeria Estação, bem pertinho da praça, em Pinheiros. Coisas das Nossas Minas Gerais rompendo por lá!
Falei tanto de arte, que amanhã tem mais – PROJETO JÓIA COM ARTE – conto tudo aqui como vai ser.
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