A maravilhosa exposição de Athos Bulcão termina nessa 2a. dia 25/6. Um grupo bacana se reuniu no da 18 para uma visita guiada com a ARTE FASAM.
Essa é uma parte do grupo que teve uma oportunidade maravilhosa de passear pela vida e obra de Athos Bulcão, certamente o maior azulejista brasileiro.
Quem guiou a visita foi a dupla Vanessa e Tati Monteze, do escritório ARTE FASAM.
UM POUCO DA VIDA DE ATHOS BULCÃO
O artista nasceu em 2 de julho de 1918, no Catete, bairro da zona Sul do Rio de Janeiro. Enquanto 4 anos, ficou órfão da mãe, passou a ser criado pelas irmãs mais velhas. Influenciado pelo pai, cursou medicina, mas abandonou o curso em 1939 para se dedicar à pintura. Contudo, naquele mesmo ano, foi apresentado a Roberto Burle Marx, assim como Oscar Niemeyer, com quem fez várias parcerias. Em 1958, se estabeleceu em Brasília, cidade de maior representação de sua obra, e onde ficou até a morte, em 2008.
A exposição comemora os 100 anos do artista consagrado em Brasília no CCBB e ainda assim, promover um mergulho profundo na diversidade da obra dele. O processo criativo pode ser desvendado através das mais de 300 obras expostas, criadas entre 1940 e 2005.
A mostra, em cartaz em BH até o dia 24 de junho, contextualiza a trajetória de Bulcão. A seleção mostra desde a inspiração inicial da AZULEJARIA PORTUGUESA com o aprendizado das cores, quando foi assistente de Portinari, assim como as duradouras e geniais parcerias com Niemeyer e João Filgueiras Lima, o Lelé.
Na pintura, a série dos carnavais dialoga com a linguagem sacra. Ainda há paramentos litúrgicos modernistas, grande acervo de seu trabalho gráfico, azulejaria, fotomontagem, colagens, divisórias e paneis acústicos.
UM ARTISTA LIGADO À ARQUITETURA
Athos foi amigo de alguns dos mais importantes artistas brasileiros modernos, os maiores responsáveis por sua formação. Carlos Scliar, Jorge Amado, Pancetti, Enrico Bianco – que o apresentou a Burle Marx -, Milton Dacosta, Vinicius de Moraes, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Ceschiatti, Manuel Bandeira entre outros.
Aos 21 anos, os amigos o apresentaram a Portinari, com quem trabalhou em 1945 como assistente no Mural de São Francisco de Assis na Pampulha e dessa forma aprendeu muitas lições sobre desenhos e cores. Antes de pintar, planejava as cores que usaria e acreditava fervorosamente que o artista tem de saber o que quer fazer. Athos não acreditava em inspiração e dessa forma para ele existia talento e muito trabalho. “Arte é cosa mentale”, diz, citando Leonardo da Vinci.
Desde 1957, se integrou à Novacap a fim de que pudesse colaborar em projetos do arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012). Aliás, foram muitos projetos. Realizou, entre outros, o projeto de painéis de azulejos e vitrais para a Igreja N Sra de Fátima. Além disso, o Palácio do Itamaraty, em Brasília e relevos para o Memorial da América Latina, em SP. Lecionou na Universidade de Brasília (UnB), entre 1963 e 1965. Além disso, a partir da década de 1970, trabalhou com o arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé (1932-2014), criando relevos e elementos arquitetônicos para a rede de hospitais Sara Kubistchek. Em 1993, foi criada a Fundação Athos Bulcão, em Brasília.
Hoje, você pode encomendar um painel de ATHOS BULCÃO na GALERIA NARA ROESLER , desde que a fundação aprove o projeto e a execução.
PARA VISITAR A EXPOSIÇÃO
Eu escolhi usar esse body da AGUA FRESCA LINGERIE , mas coloquei um blaser por cima para quebrar a “ousadia”. Embora esteja na moda usar lingerie à mostra, eu me senti mais confortável e elegante assim.
A moda hoje nos permite transitar por vários estilos, mas a palavra chave ainda é “ADEQUAÇÃO” . Completei com jeans e JOIAS PD. Dois braceletes em ouro e brilhantes e um brinco de citrine para dar aquele toque de cor.
UMA BOA IDÉIA
Meu conselho? Vá à exposição! Linda, o CCBB é lindo e você pode fazer um belo programa, que talvez seja para você meio “fora da caixinha”. E por que não?
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