O que significa colecionar arte contemporânea nos dias de hoje? Como acompanhar o ritmo acelerado de transformações do mundo? Qual o papel dos curadores no desenvolvimento de coleções particulares? Quais as diferenças entre elas e os acervos de museus?
Transcrevi aqui trechos do que a curadora Luiza Teixeira de Freitas expôs neste texto, publicado originalmente no catálogo da SP-Arte/2016 (veja a publicação na íntegra aqui).
“Colecionar ajuda-nos a entender a história, o presente e o futuro”
“O ato de colecionar arte contemporânea desenvolveu-se e tornou-se algo cada vez mais desejável e facilmente adquirível. Por isso, as coleções tendem a ser verdadeiras representações do que está acontecendo no mundo. É importante fazer uma distinção clara entre colecionar e acumular – entre o colecionador e o acumulador. Este último é visto como aquele que compreende o colecionar meramente como investimento financeiro e acúmulo de bens.
Em geral, a coleção se torna parte da vida do colecionador e da sua essência, pois ele projeta seu ser nos objetos que escolhe para conviver, fazendo da coleção o espelho de si próprio. A arte contemporânea tem um alto nível de produção e é essa demanda por arte que impulsiona o crescimento do mercado. Surgiu, assim, um círculo vicioso de produção/venda/posse impulsionado por colecionadores e acumuladores.
Devido a essa produção excessiva, há a necessidade crescente de um sistema mais organizado no interior das coleções. É aqui que entram os curadores. Diante do caos em que se transformou o ato de colecionar, alguns colecionadores têm a necessidade de contar com ajuda profissional a fim de expandir suas coleções de maneira criteriosa e relevante. Por outro lado, em muitos casos, os colecionadores têm eles mesmos uma participação consciente nas aquisições que fazem para suas coleções.
Colecionar ajuda-nos a entender a história, o presente e o futuro, desenvolvendo uma compreensão muito pertinente sobre como as coleções públicas crescem e se tornam universais. A maior diferença entre coleções privadas e acervos de museus reside no fato de que o museu tem a responsabilidade de escrever a história da arte, ao passo que as coleções privadas têm uma margem maior de liberdade.
ARTE X INVESTIMENTO
Separar o colecionador de arte contemporânea do investidor tornou-se algo extremamente difícil. Intencionalmente ou não, quando alguém coleciona arte contemporânea, tal prática automaticamente se converte em um investimento. Além disso, trata-se de um valor social, político, estético, antropológico e daí por diante.”
É importante conviver com os artistas em inaugurações de mostras para estar perto dessa energia que a arte transmite. Cercar-se de gente séria é importante! Invista em um rol de 5 galerias que você confia, gente que está estabelecida no mercado há bastante tempo e tem seu nome honrado nas rodas de arte. Os galeristas são as pessoas que querem estar perto da sua coleção por longo tempo. Por isso mesmo, eles não têm interesse em passar o cliente para trás e nunca mais tê-lo.
COLECIONAR ARTE EXIGE SERIEDADE
Essa é a família DOTART , a mais antiga galeria de BH. Hoje, com o diretor artístico WILSON LÁZARO à frente de seus novos projetos, a galeria tomou novos rumos e segue como referência.
As fotos acima são da mostra que abriu nessa 3a com o trabalho instigante de 3 artistas da nova geração promissora da arte contemporânea: JOANA CESAR, LUIZ D’OREY e GILSON RODRIGUES. São trabalhos diferentes mas todos carregam essa semente do novo que move a arte contemporânea.
Para essa noite eu escolhi joias com essa pegada moderna da arte.
O brinco tem a inspiração na obra de MONDRIAN .
E a inspiração da pulseira vem da arte aborígene da exposição TEMPO DOS SONHOS .
Aliás, a linguagem da joia contemporânea é a mesma da arte: dialogar com seu tempo. As peças são versáteis, desejáveis e usáveis, carregando a mesma idéia de serem accessíveis e disponíveis.
Deseje a sua arte e a sua joia com a mesma vonatde de expressar sua personalidade e suas escolhas. E mostre ao mundo que você faz a diferença!
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