Colecionar arte contemporânea nos dias de hoje! Esse foi o tema do bate-papo na Modernos Eternos nessa última 4a que passou. Fui convidada para falar informalmente da minha experiência sobre esse assunto tão importante!
vestido TAHARI | jaqueta ATMO | botinha CONSTANCE | bag MULBERRY | JOIAS PD
PORQUE GOSTO TANTO DE ARTE: MINHA BREVE HISTÓRIA
Eu não tinha arte em casa na minha infância, mas fui criada por pais “passeadores” que nos levavam a museus e cidades históricas. Além disso, herdei de minha mãe uma enorme habilidade com as mãos e sempre admirei artesanato, sempre gostei de ver feiras, fazer algumas aulas, coisas assim.
Na minha juventude, comecei também a frequentar leilões de arte em Escarpas, também em BH com MURILO CASTRO e dessa forma sempre estive “de olho”. Sério? Até hoje não entendo muito bem o que eu ia fazer lá, já que não ia comprar nada … rsrs
Logo que me casei aos 24 anos, mudei de cara para uma casa muito boa, mas como estávamos começando a vida, não havia dinheiro para arte. Entretanto, já uns 5 anos depois, comprei o meu primeiro quadro em suaves prestações na Carminha Macedo. Em resumo, era um Luchesi que ainda tenho até hoje e guardo com grande estima.
COMO COMEÇAMOS A COLECIONAR ARTE CONTEMPORÂNEA
Em 2007, já com 14 anos de casada e com alguns amigos muito próximos já colecionando, fomos picados pelo bichinho da arte em uma oportunidade interessante. Certamente, foi o galerista MANOEL MACEDO que nos introduziu nesse meio de uma maneira muito ousada. Ele propôs ao meu marido que investisse uma certa quantia em arte de 1a. linha . Entretanto, ele o convenceu dando uma garantia de recompra, corrigindo os valores em dólares a qualquer momento que ele desistisse do propósito.
Aliás, foi essa confiabilidade naquele momento que propiciou essa tomada de decisão e esse novo assunto entrou na nossa vida: no meu caso por paixão; na dele, por enxergar uma oportunidade de investimento seguro.
O mais importante é que hoje somos ambos apaixonados e interessados em acompanhar tudo o que envolve a arte. Viajamos para mostras, bienais e feiras e frequentamos casas de colecionadores . Além disso, temos uma rotina em galerias e nos aproximamos de tudo de bom que a arte nos traz.
O CONVITE DA MODERNOS ETERNOS
Giovanna Penido, a responsável pela MODERNOS ETERNOS em BH, foi quem me fez o convite para falar para 30 pessoas sobre essa minha experiência pessoal em colecionar arte contemporânea.
A responsabilidade era grande, pois na platéia eu tive a honra de ter 2 galeristas ( LEILA DOTART e MANOEL MACEDO ), 2 art-dealers ( ARTE FASAM e VIRGÍNIA GEO ) , um artista ( RICARDO CARVÃO ) e uma fotógrafa ( JU SICOLI ). Não só esses profissionais, como também colecionadores, apaixonados e interessados por arte. Em resumo , eram pessoas de bom gosto e cultas que estavam ali para dividir esse momento prazeroso.
A ARTE CONTEMPORÂNEA INSERIDA NO CONTEXTO DA MODERNOS
A mostra está na mesma casa do ano passado, como já mostrei AQUI . Certamente é uma casa ícone em BH construída em estilo brutalista na década de 70. Esse estilo privilegia as estruturas á mostra, tanto em concreto armado, como as metálicas.
Esse estilo começou no pós guerra, nos anos 50, entretanto, junto com a Arte Contemporânea. Aliás, a proposta era toda inovadora: retratar o tempo presente, valorizar a cultura popular, uso de várias formas e materiais e a liberdade artística propriamente dita.
Não só a arte é um dos 3 pilares da Modernos Eternos, como também o vintage e o design. Cada cômodo é pensado dentro desse conceito que produz certamente um resultado final bastante elegante.
Depois do nosso bate-papo, fomos percorrer juntos a mostra e , dessa forma, tivemos a honra de ter o artista RICARDO CARVÃO explicando seu próprio trabalho exposto no local.
A fotógrafa JU SICOLI também falou sobre seu trabalho exposto.
A MINHA EXPERIÊNCIA EM COLECIONAR ARTE CONTEMPORÂNEA
Cada pessoa coleciona por um motivo: status, investimento, acumulação, investimento, paixão… mas certamente sempre existe uma motivação. Geralmente, a primeira obra adquirida é sempre para “decorar” a casa. A partir daí algumas pessoas tomam gosto e eventualmente seguem no colecionismo.
No nosso caso, conforme já contei acima, foi paixão com investimento. Entretanto, gostamos tanto do assunto, que continuamos nele até hoje. Colecionar arte contemporânea tem ainda outra vantagem: como são obras de seu tempo, custam menos do que obras mais antigas.
É importante eleger umas 5 pessoas de confiança para que você invista de forma correta. Busque informações sobre galeristas, curadores e art-dealers sérios e dessa forma fique perto deles. Além disso, frequente galerias, abertura de exposições, vá às feiras. Tudo isso é muito importante para você acompanhar as transformações do mercado . Certamente que quem é sério estará ali ano após ano.
Monte sua coleção com a sua cara e dessa forma coloque nela também a sua alma. A diferença entre uma coleção particular e a de um museu é exatamente essa: a liberdade de escolha. Um museu se prende a um certo estilo, década, etc , enquanto uma coleção particular é livre para exprimir o gosto pessoal do colecionador.
Além disso tudo, o mais gratificante é ver aquele recorte da sua vida acompanhar a sua trajetória. Atualmente uma obra nossa de LORENZATO está exposta na Pinacoteca de São Paulo. Certamente, tudo isso vai trazendo respaldo à sua coleção e você vai confirmando o seu investimento. Aliás, é importante dizer que arte não tem liquidez imediata, exceto em caso de obras absolutamente consagradas e caras. Não invista se eventualmente você acha que vai precisar de retorno rápido. Arte é coisa séria e leva tempo para maturar. Pense como uma aposentadoria ou como investimento a longo prazo. Mas lembre-se que enquanto você está “guardando” a obra, você fica perto dela vendo e se sentindo feliz a cada dia que passa na frente dela.
Isso faz um bem danado! Vai por mim!
SIGA @PATDIAS_PD PARA LIFESTYLE
SIGA @JOIASPD PARA JOIAS