Última semana para ver IBERÊ CAMARGO no CCBB , ali na Praça da Liberdade.
A exposição abrange a obra do artista de 1950 até os anos finais de vida– década de 90.
A partir de 1958, Iberê começa a pintar somente em seu ateliê , devido a limitações físicas, e adota o CARRETEL como motivo de suas composições, desenvolvendo, a partir dele, sua pesquisa formal.
Em 1961, recebe o prêmio de melhor pintor na VI Bienal de SP, com seus carretéis.
A inspiração dessa sua série vem de MORANDI, pintor de séries de objetos industrializados, em tonalidades aproximadas, quase monocromáticas. A princípio, o artista distribui esses elementos em uma mesa, e representa-os de maneira figurativa.
Com o tempo, aqueles corpos roliços vão perdendo sua função figurativa e se tornam formas espessas de tinta. Será o início do trabalho abstrato de Iberê.
Essa produção vai engrossando mais a massa de tinta e vai incorporando mais cores, a partir dos anos 60, bastante próximo da abstração informal.
Nos anos finais da vida, adentrando a década de 90, surgiram novos temas na pintura: figuras caídas, contra uma linha de horizonte, uma atmosfera sombria, metálica. Remetem ao trabalho de Goya, no final de sua vida, que também retratava figuras feias e disformes. Séries importantes de IBERÊ se tornam consagradas: os ciclistas e os idiotas.
São figuras trágicas, banhadas numa atmosfera de infinita solidão e desesperança. O fundo é indefinido, feito com tinta grossa e pintado com grande maestria. Iberê foi o maior representante do expressionismo na arte brasileira.
Ao final da visita, pare no térreo para essa área de convivência maravilhosa, às vezes, ao som de música ao vivo no Café com Letras. #ficaadica – Só até dia 28/3 –
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