NeoGanhei o livro NOVAS FORMAS DE AMAR , terminei de ler no Domingo e no mesmo dia assisti 50 TONS. Afinal, que tipo de amor as pessoas buscam ?
SOU DA LEITURA E DA INTERNET, MAS …
Vou confessar que sou meio “esquisita” … Rsrs …
Não vejo TV ( muito raramente MESMO! ) e nem vejo séries. Quase nunca vou ao cinema e nem vejo filmes em casa. Em resumo, sou dos livros, revistas e qualquer coisa escrita – e claro! – sou fã da internet. Mas …muito raramente, vejo um filminho para acompanhar o marido, que ama!
MAS VAMOS FALAR SOBRE O FILME 50 TONS DE LIBERDADE?
Na verdade, eu só li o 1o. livro da trilogia – 50 TONS DE CINZA – e vi apenas o 1o. filme. Como não me apaixonei por aquele Christian Grey, desisti dos próximos livros e filmes. Mas,nesse Domingo fui ver o 50 TONS DE LIBERDADE e agora sim, gostei dele! Delicado, romântico, sedutor, apaixonado, mas sem o viés do 1o. que eu já tinha visto.
Pensando no filme e no livro que terminei de ler, quis escrever um pouco sobre o assunto aqui para vocês, mas de forma profissional. Para isso, busquei críticas e opiniões de gente que entende e pode discutir melhor o tema.
AFINAL, POR QUE AS MULHERES SE APAIXONARAM PELO CHRISTIAN GREY?
Veja essa abordagem que gostei – clique AQUI . O psicólogo analisa que as mulheres se apaixonaram pela força que o amor tem de curar e transformar um homem problemático. Junto a isso, as mulheres parecem estar querendo ser enxergadas e protegidas . Além disso, desejam sair um pouco do controle, ter brilho nos olhos e intensidade emocional.
Mas por que as mulheres estão tão encantadas com um filme que não apenas mostra submissão, tortura, dor, humilhação , como também restrição de liberdade? Parece antagônico quando elas, no séc XXI, “dizem” almejar exatamente o contrário.
Mas o sucesso do filme está aí e talvez tenha sido o responsável por dar uma reanimada nos casamentos. Talvez as leitoras tenham encontrado uma “liberdade” para fantasiar sem culpa e ver que não existe limite sexual e nem o certo e o errado absolutos. Existem novas formas de amar e essa pode ser apenas mais uma! Se você clicar AQUI vai ver listados os 5 pontos cruciais que atraíram as mulheres e as tornaram fãs incondicionais dele.
E O LIVRO ” NOVAS FORMAS DE AMAR ” ?
A psicanalista Regina Navarro Lins discute as novas formas de amar dos tempos atuais. Poliamor, vida a três, aplicativos, etc e as leis que “tentam” acompanhar essa evolução social. Muita coisa mudou depois da revolução sexual, do divórcio, da pílula e o do movimento LGBT. Comecei a ler no Rio de Janeiro e acabei aqui.
Definitivamente, a antiga, politicamente correta e única forma de amor – a monogamia entre heterosexuais – parece estar com os dias contados. Existe uma novidade que exalta o desejo e a liberdade de experimentar o novo. Dessa forma, o livro trata exatamente dessas novas formas de amar através de casos reais relatados no seu consultório.
Portanto, eu gostei do livro, pois acho que ajuda a abrir os corações e as cabeças contra o preconceito do que já existe aí. Aliás, não há nada de novo chegando! É apenas uma outra realidade dentro das nossas realidades já pré-existentes. Indico!
Veja AQUI a entrevista da autora para a Revista MARIE CLAIRE.
Vamos ver outras opiniões sobre NOVAS FORMAS DE AMAR?
Diversidade sexual, amor livre, relacionamentos de todas as formas, eis o século XXI! Quantas vezes nos perguntamos como devermos lidar com tudo isso? Nunca houve, nem nunca haverá uniformidade na maneira de ver as coisas. Cada indivíduo tem uma história e percebe as coisas de forma única. É impossível imaginar que todos aceitem as mudanças sem questioná-las.
Tem sido comum manifestações de violência contrárias a essas mudanças, algo terrível e injustificável em qualquer circunstância. Devemos refletir constantemente sobre tolerância. Esta palavra tem sido dita aos quatro cantos, mas é muito pouco conhecida e praticada.
Vou além e proponho o exercício da empatia. Por que não nos colocarmos no lugar dos outros sempre que estivermos em posição de juiz do comportamento de outras pessoas, conscientizando-nos de nossa condição humana? “Somos humanos, demasiadamente humanos” (F. Nietszche)
Tornou-se um grande clichê falar em tolerância, empatia e amor, pois essas coisas têm sido repetidas desde os tempos mais antigos. Por isso é importante refletir sobre elas, para tirá-las do lugar de clichê e produzir mudanças reais com sua prática.
Nos anos 30, com a iminência da Segunda Grande Guerra, Einstein e Freud trocaram cartas que deram origem ao livro “Warum Krieger?”, em português, “Por que a Guerra?” Os dois discutiram as características do ser humano e o que o leva à guerra contra seus semelhantes. Freud, numas das cartas argumenta que a única coisa que pode evitar a guerra, expressão do ódio, é o amor, sua antítese.
Deixo o trecho com uma pergunta:
Respeitar a escolha do outro não seria um exercício de tolerância, empatia e amor?
“Se o desejo de aderir à guerra é um efeito do instinto destrutivo, a recomendação mais evidente será contrapor-lhe o seu antagonista, Eros. Tudo o que favorece o estreitamento dos vínculos emocionais entre os homens deve atuar contra a guerra. Esses vínculos podem ser de dois tipos. Em primeiro lugar, podem ser relações semelhantes àquelas relativas a um objeto amado, embora não tenham uma finalidade sexual. A psicanálise não tem motivo porque se envergonhar se nesse ponto fala de amor, pois a própria religião emprega as mesmas palavras: ‘Ama a teu próximo como a ti mesmo.” (Sigmund Freud, Por que a Guerra? 1932)
Ana Laura D. de Freitas Rabelo
Estudante de Psicologia- FUMEC
*************************************************************************************************************
OUTRA OPINIÃO SOBRE AS FORMAS DE AMAR
Vivemos em um mundo onde a monogamia ganhou forças e atravessou gerações e gerações até os dias de hoje. Aliás, aprendemos com os contos de fadas e histórias infantis que os príncipes e princesas terminam em um final feliz. Essas idealizações do amor romântico já trazemos desde a infância. Crescemos à procura de um par perfeito onde ambos sentirão desejos apenas um pelo outro. Essa cultura ganhou muita força e até hoje em dia, muitos casais idealizam esse amor romântico e fantasioso. Projetam um no outro tudo que gostaria que ele ou ela se tornasse, criando assim falsas ilusões. Com o tempo o verdadeiro “eu” de cada um acaba surgindo, e o resultado será sempre a frustração e o sofrimento.
O certo é aprender a se conhecer, ter coragem de sair á caça da própria alma, se admirar e se desprezar. É necessário conhecer sua grandeza e toda sua pequenez, desmistificar conceitos, preconceitos e padrões, travar uma guerra diária a favor e contra você mesmo. Saber ser individual, entender que o outro é outro indivíduo, ou seja, desfusionar e entre muitas outras coisas, se amar em primeiro lugar. Isso tudo nos traz para uma realidade mais honesta e menos fantasiosa . Nesse caso, a monogamia ou a poligamia ocupariam um lugar quase irrelevante em nossas preocupações.
ISSO TUDO ME FAZ LEMBRAR DE UMA FRASE GENIAL DE OSCAR WILDE –
O RETRATO DE DORIAN GRAY
“ Que importância exagerada se dá à fidelidade! […] Ora, mesmo no amor, é simplesmente uma questão da fisiologia. Não tem nada a ver com a nossa própria vontade. Os jovens querem ser fiéis, e não o são, bem como os velhos querem ser infiéis, e não o conseguem. E está tudo dito. “
Jacqueline Esteban
Psicanálise/Filosofia – @ESPAÇO FILOSÓFICO
DA MESMA AUTORA E TÃO BOM QUANTO O NOVAS FORMAS DE AMAR
Um dos maiores fenômenos dos anos 1990, A cama na varanda certamente discute de modo revolucionário a história sexual humana. Além disso, tratada valorização da mulher na Antiguidade ao surgimento do patriarcalismo e às novas normas sociais.
Regina Navarro Lins usa de dados históricos, assim como de pesquisa científica. Como resultado, tornou-se referência nos estudos sobre o comportamento humano sexual e afetivo.
Afinal: Estabilidade ou liberdade? Com o intuito de trazer reflexão, novas formas de amar passam a ser consideradas. Dessa forma, o amor romântico, cultivado há séculos pela sociedade, começa, aos poucos, a sair de cena.
Nesse sentido, se você gosta de aprofundar-se no tema RELACIONAMENTOS , assista à live com @marcelomax100cortes que trata sobre o tema na perspectiva masculina.
https://www.instagram.com/tv/CaXg3oCgwsH/?utm_source=ig_web_copy_link
E aproveite e visite a coluna ENTREVISTAS E TEXTOS. Você vai gostar!