A sustentabilidade na MODERNOS ETERNOS é um tema importante, pois ao incentivarem o uso de antiguidades, reforça-se o conceito do consumo consciente.
A MODERNOS ETERNOS EM SUA ÚLTIMA SEMANA EM BH
A mostra acontece pela 2a. vez nessa casa icônica dos anos 70 no Bairro Mangabeiras em BH. Anteriormente , como já mostrei AQUI , fiquei super encantada com a beleza e aconchego dos ambientes . Exatamente por isso, fui querer descobrir como são idealizados. A premissa de sempre estar em um imóvel de arquitetura exponencial, impede os arquitetos de fazerem intervenções na estrutura. Com isso, sem poder quebrar e construir, eles têm que usar seus talentos reais na hora de montar os ambientes. Algo parecido com o que a gente faria na casa da gente, concorda?
Nem sempre temos a intenção de grandes transtornos e sempre queremos grandes resultados. Para isso, eles usam mobiliário e adornos antigos em contraste com os modernos e ainda dão grande enfoque à arte. Nem preciso dizer o tanto que fica lindo, né? Bem diferente do estilo minimalista que costumamos ver nas feiras e lojas de decoração .
O CONCEITO DA SUSTENTABILIDADE NA MODERNOS ETERNOS
A ECONOMIA LINEAR propõe uma cadeia de consumo ativa : extrai, produz, comercializa, consome e depois descarta para comprar tudo novo de novo. Já a ECONOMIA CIRCULAR encoraja a pegar algo já existente e criar uma nova proposta interessante a partir daí. O processo de colocar algo de novo no ciclo e fazer negócios lucrativos é o pilar da circular.
Substituindo o conceito de fim-de-vida da economia linear, por novos fluxos circulares de reutilização, restauração e renovação, num processo integrado, a economia circular é vista como um elemento chave para promover a dissociação entre o crescimento económico e o aumento no consumo de recursos, relação até aqui vista como inexorável.
Na decoração, ao mesclar o uso de antiguidades com o mobiliário atual, além de obtermos um resultado bem mais aconchegante, estamos aderindo ao conceito da sustentabilidade.
Todos os ambientes da MODERNOS ETERNOS carregam essa responsabilidade, como você pode ver nas fotos abaixo.
O MINI-TALK NA MODERNOS ETERNOS
O bate-papo aconteceu nesse ambiente de Juliana Vasconcellos que foi tomando as cores do por-do-sol.
Eu escolhi usar exatamente uma peça criada dentro dessa economia circular. Usei rosas de antiquário para montar um colar em prata, conseguindo dar um ar contemporâneo a algo que já existia.
A SUSTENTABILIDADE NA JOALHERIA E NA MODA
Várias iniciativas estão sendo feitas na indústria têxtil, certamente uma das mais poluentes do mundo. Em BH, a ECOMATERIOTECA cadastra tecidos sustentáveis para o desenvolvimento de produtos na indústria da moda e da decoração. Pensando em envolver toda as categorias do design, fui convidada por eles para desenvolver uma joia usando tecido biodegradável da RHODIA .
Desenvolvi então esse colar com as orquídeas feitas à mão com tecido sustentável e miolo de pérolas. As flores foram montadas em suporte de prata com rosas que busquei em antiquário. Com isso, o conceito da ECONOMIA CIRCULAR torna-se ainda mais abrangente, pois além do tecido “politicamente correto”, ainda há uma re-utilização de uma peça que já existia. Se você clicar AQUI, vai acompanhar o processo criativo desde a procura das rosas, pontapé inicial desse projeto.
A ALTA JOALHERIA DOLCE GABBANA
A VOGUE BRASIL abril/2019 trouxe essa matéria incrível sobre a alta joalheria da DOLCE GABBANA mostrando que eles partem sempre de peças de antiquário, exatamente dentro desse mesmo conceito. Com isso, eles produzem peças únicas e exclusivas, carregadas de valor histórico, joias para quem já tem muitas.
Eu mesma , analogamente, já montei peças com ossos de animais e penas de arara azul compradas em tribos na Bahia. Também já trabalhei com peças em madeira e também com conchas e pedras vulcânicas que catei pelo mundo afora. Antiguidades sempre foram minha paixão, já montei camafeus comprados em antiquários aqui e fora.
NOVA COLEÇÃO A CAMINHO
Exatamente dentro dessa proposta de dar relevância ao que já existe e promover cada vez mais essa economia circular, busquei pessoalmente cada uma dessas cruzes e peças sacras do séc XIX e início do séc XX. Meu papel de designer é fazer delas peças contemporâneas que recebam interferência e provoquem desejo. Aliás, minha nova história com Ouro Preto está abrindo mais uma vez novos caminhos para meu trabalho.
Obrigada a quem foi pela presença ontem, por sempre querer dividir conteúdo relevante e estar em lugares que nos abram os olhos e o coração para as coisas lindas e incríveis que estão por aí.
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